«O pandlerinhe»
Vou agora aqui relatar uma das muitas histórias de putedo de Olhão que me foram transmitidas pelo Mestre Sousa, e que mereciam estar compiladas em livro, se para tal houvesse tempo e pachorra.
Nos tempos em que a prostituição não se praticava maioritariamente na rua, como acontece nos dias de hoje, Olhão tinha uma generosa oferta das chamadas «casas de meninas». Assim surgiu o célebre provérbio popular "Em Olhão, porta sim porta não".
Essas casas procuravam bem servir os seus clientes, proporcionando-lhes todos os caprichos que desejavam. Atentas aos nichos de mercado mais alternativos, certas casas mais sofisticadas, para além das meninas, tinham também um prostituto masculino, o chamado «paneleirinho». Penso que esta era uma situação inédita em todo o país.
Uma das casas mais afamadas era a da D. Rosa Eleutéria, mítica madame olhanense, e cumpria esse requisito.
Ao lado da D. Rosa, vivia um senhor com uma educação adquirida fora de Olhão. Os seus modos e o seu vestuário eram pouco usuais nesta terra de pescadores.
Uma bela manhã, o carteiro dirige-se à casa da D. Rosa Eleutéria com uma encomenda que lhe era destinada. Só que se enganou na porta, e tocou na do referido senhor, que a foi atender no seu traje matinal de andar por casa: um curto robe pouco abaixo da púbis e umas pantufas achineladas de peluche.
Ao ver esta figura abrir-lhe a porta, e não se dando conta do seu erro, o carteiro exclamou:
"Olá!? A dona Rosa Ilêtéria tem pandlerinhe nôve?!"
Sapo
(apesar da minha boa memória, peço desculpa ao Mestre Sousa e aos visados por alguma eventual incorrecção)
Nos tempos em que a prostituição não se praticava maioritariamente na rua, como acontece nos dias de hoje, Olhão tinha uma generosa oferta das chamadas «casas de meninas». Assim surgiu o célebre provérbio popular "Em Olhão, porta sim porta não".
Essas casas procuravam bem servir os seus clientes, proporcionando-lhes todos os caprichos que desejavam. Atentas aos nichos de mercado mais alternativos, certas casas mais sofisticadas, para além das meninas, tinham também um prostituto masculino, o chamado «paneleirinho». Penso que esta era uma situação inédita em todo o país.
Uma das casas mais afamadas era a da D. Rosa Eleutéria, mítica madame olhanense, e cumpria esse requisito.
Ao lado da D. Rosa, vivia um senhor com uma educação adquirida fora de Olhão. Os seus modos e o seu vestuário eram pouco usuais nesta terra de pescadores.
Uma bela manhã, o carteiro dirige-se à casa da D. Rosa Eleutéria com uma encomenda que lhe era destinada. Só que se enganou na porta, e tocou na do referido senhor, que a foi atender no seu traje matinal de andar por casa: um curto robe pouco abaixo da púbis e umas pantufas achineladas de peluche.
Ao ver esta figura abrir-lhe a porta, e não se dando conta do seu erro, o carteiro exclamou:
"Olá!? A dona Rosa Ilêtéria tem pandlerinhe nôve?!"
Sapo
(apesar da minha boa memória, peço desculpa ao Mestre Sousa e aos visados por alguma eventual incorrecção)
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