segunda-feira, fevereiro 25, 2008
Voltei a estudar. Findo o primeiro semestre do mestrado comecei a interrogar-me se teria feito bem em ter voltado à escola. As aulas e os professores pareceram-me incrivelmente chatos, alguns dos colegas despropositadamente competitivos, os mestrados um negócio bacoco para financiar faculdades, a faculdade em concreto um universo estranho e impessoal por comparação com a experiência da licenciatura que ficou para trás há uns anos. Como não sou de desistir continuei. O segundo semestre começou, os novos professores pareceram-me igualmente mais ou menos chatos, os colegas a ver vamos. Pelo meio do marasmo, numa aula de uma cadeira que promete, por entre apresentações de professor e colegas, prendeu-se-me a atenção na cara e na voz de um dos colegas, traços que me pareciam estranhamente familiares sem que eu percebesse bem de onde. Depois lá percebi, mas pensei que fosse só parecença. Uma busca pela net e percebi que afinal não era um sósia, era o verdadeiro, ao vivo e a cores. Pois é, o coleguinha de turma não era outro senão Jacinto Serrão, o ex-presidente do PS Madeira e o protagonista no ido 2004 do duelo com o ordinarote Jaime Ramos no Parlamento Regional, em que o Jacinto se saiu com a fantástica afirmação interrogativa "Antes de vires para o Poder estavas a vender sifões de retrete e andavas de jerico. Agora és milinário. Onde é que arranjaste o dinheiro?"
Bom, julgo que as aulas serão muito mais interessantes tendo presente um aluno com a fibra do Jacinto. Julgo também que serão de evitar debates de ideias com ele. Por outro lado, penso que tenho muito a aprender com o Jacinto, uma vez que ser do PS na Madeira é mais ou menos a mesma coisa que ser israelita na Faixa de Gaza ou polícia na Cova da Moura. Finalmente também estou curioso para ver se, no meio de algum debate epistemológico mais acalorado, vamos ficar a saber que a professora X vendia tupperware ou que o professor Y era importador de suruma nos anos 60. Isso sim são coisas interessantes.
Zé da Lela
sexta-feira, fevereiro 22, 2008
Desta vez não são os demagogos dos comunistas...
A Associação para o Desenvolvimento Económico e Social (SEDES) alertou quinta-feira para um «mal-estar» na sociedade portuguesa que, a manter-se, poderá originar uma «crise social de contornos difíceis de prever».
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No comunicado, a associação manifesta a sua preocupação com «o afunilamento da qualidade dos partidos», devido à «dificuldade em atraírem e reterem os cidadãos mais qualificados» e a «critérios de selecção cada vez mais favoráveis à gestão de interesses».
[notícia completa aqui]
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No comunicado, a associação manifesta a sua preocupação com «o afunilamento da qualidade dos partidos», devido à «dificuldade em atraírem e reterem os cidadãos mais qualificados» e a «critérios de selecção cada vez mais favoráveis à gestão de interesses».
[notícia completa aqui]
pedro a.
terça-feira, fevereiro 19, 2008
quinta-feira, fevereiro 14, 2008
quarta-feira, fevereiro 13, 2008
terça-feira, fevereiro 12, 2008
segunda-feira, fevereiro 11, 2008
É impressão minha
Ou há uma relação directamente proporcional entre ganhar o Nobel da Paz e o aumento siginificativo da probabilidade de se levar um balázio no bucho?
Zé da Lela
Zé da Lela
quinta-feira, fevereiro 07, 2008
sexta-feira, fevereiro 01, 2008
...sobre a histeria...
(...)Nunca tive tanta noção de o tabaco ser uma droga como nos últimos 15 dias, após ler textos alucinados por parte de colunistas habitualmente respeitáveis como Vasco Pulido Valente ou Miguel Sousa Tavares. O que eles têm escrito sobre a nova lei do tabaco, deitando mão a comparações que deviam envergonhar qualquer pessoa que tenha lido dois livros de História, é de tal modo inconcebível que só se explica pela carência de nicotina. Eles fingem que um café inundado de fumo é coisa que não incomoda ninguém. Eles chamam fascismo a uma decisão que chateia dois milhões de portugueses e protege oito milhões. E Sousa Tavares conseguiu mesmo a proeza de afirmar no Expresso, sem corar de vergonha, que a lei faz "lembrar, irresistivelmente, os primeiros decretos antijudeus da Alemanha nazi". Ora, isto não é texto de um colunista prestigiado - isto é conversa de um junkie a quem o dealer cortou na dose. Faço, pois, votos que os fumadores descompensados acabem de ressacar rapidamente, para o bom senso regressar e nós podermos voltar a lê-los com gosto.
[João Miguel Tavares, aqui]pedro a.
Devo ser eu que sou ceguinho
Porque vivo a 800 metros do sítio onde os putos se mataram, a 100 metros das escolas de que se fala no artigo do CM, percorro a pé diariamente estes trajectos e nunca vi ou ouvi nada que me deixasse preocupado. Espantam-me os relatos dos moradores entrevistados pelos media, o sentimento de medo e insegurança em que dizem viver, porque de facto, nunca me senti inseguro desde que vivo em Rio de Mouro (já lá vão 5 anos). Aliás, depois do episódio de Domingo passado arrisco dizer que ainda me sinto mais seguro porque pelos vistos saíram de circulação três aprendizes de bandido - 2 mortos e 1 preso.
Com tanto mediatismo da treta cheira-me que lá para o Verão vamos ter por lá um arrastão. Olha, rimei.
Zé da Lela