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terça-feira, novembro 21, 2006

Então mas afinal...

Estudo: [Afinal] Estado paga pior do que o privado

O primeiro dia de greve da Função Pública foi agitado por um estudo que o Ministério das Finanças encomendou e esconde desde Maio porque desfaz a ideia que paga bem.

O estudo tem a data de Maio de 2006 e foi feito pela Capgemini, uma das cinco maiores empresas mundiais de consultoria, com 63 mil colaboradores em todo o Mundo e escritórios em Portugal, mas como vai contra a ideia de os funcionários públicos serem bem pagos em relação aos que trabalham no privado foi escondido pelo Governo. Isto mesmo apontou o presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), pertencente à UGT, que teve acesso a alguns comparativos, sempre desfavoráveis à Função Pública, conforme quadro publicado em baixo.

Nos 20 casos, as diferenças vão desde menos 1,5 por cento para os engenheiros de sistemas, aos sempre negativos 10% nos enfermeiros, 48% nos analistas de laboratório e 77% nos directores-gerais. Os montantes remuneratórios não foram avançados, embora segundo a tabela salarial em vigor no corrente ano se registe que os especialistas de informática auferem de 1287,53 euros ilíquidos (estagiário com licenciatura) a um máximo de 2897,28 euros (especialista de grau 3, nível 2), que aliás equivale ao máximo da tabela de regime geral, onde se encontram os assessores principais.

Os poucos números revelados pelo ‘Estudo Comparativo de Sistemas de Remuneração entre os Sectores Público e Privado’, feito por encomenda do Ministério das Finanças, de Teixeira dos Santos, dizem respeito às remunerações reais de base, ou seja, sem prémios, e colocam a Função Pública em confronto com as empresas privadas com mais trabalhadores. Porém, segundo Bettencourt Picanço, do STE, a análise feita pela Capgemini faz também comparativos com as médias remuneratórias de empresas médias e pequenas. Sobre estes, não foram revelados quaisquer números, favoráveis ou não aos funcionários públicos .

O STE diz só conhecer uma parte reduzida do comparativo, mas não tem dúvidas em constatar que o Governo esconde este estudo porque, “ao contrário do que o Governo diz, no seguimento do relatório da Comissão para o Estudo das Carreiras e Remunerações, as remunerações na Administração são inferiores às do sector privado”.

Do desmentido que os trabalhadores da Administração têm remunerações superiores às do sector privado, Bettencourt Picanço concluiu ainda, na conferência de Imprensa para fazer um primeiro balanço dos dois dias greve, que “caem por terra os propósitos do Governo de estruturar carreiras com remunerações inferiores às actuais” e que a atitude correcta será o Executivo negociar.

Contactado pelo CM, sobre o ‘Estudo Comparativo’, o assessor de Imprensa do ministro das Finanças disse desconhecer o estudo, embora referisse o nome da empresa de consultoria. Por seu turno, a Capge- mini, empresa de consultoria, tecnologia e ‘outsourcing’, não respondeu à pergunta enviada por ‘e-mail’ para o contacto de Imprensa.

20 EXEMPLOS DO ESTUDO

- Director-geral: -77%
- Gestor de RH: -8%
- Director de serviços: -61%
- Chefe de divisão: -28%
- Analista informático: -12%
- Consultor jurídico: -5%
- Engenheiro: -37%
- Téc. apoio à gestão: -3%
- Eng. de sistemas: -1,5%
- Enfermeiro: -10%
- Analista de laboratório: -48%
- Técnico com formação prof. especializada: -29%
- Assistente administrativo: -29%
- Tesoureiro: -36%
- Funcionário de limpeza: -13%
- Motorista de ligeiros: -33%
- Cozinheiro: -33%
- Canalizador: -7%
- Electricista: -17%
- Mecânico: -38%
pedro a.

19 Comments:

  • At quarta-feira, novembro 22, 2006 9:47:00 da manhã, Blogger Duda said…

    Não sejamos redutores. Quem trabalha no sector privado convive invariavelmente com questões que nem sequer se colocam para quem trabalha para o Estado. Se não vejamos: o que dizer da exposição às regras do mercado livre, à inconstância e aos altos e baixos associados à precaridade, à possibilidade de despedimento, à volatilidade própria do sector privado por contraposição com a desde sempre apregoada segurança de se ser funcionário público? E já agora porque não falar dos horários de trabalho (refiro-me aos efectivamente praticados e prestados), das facilidades no acesso ao crédito bancário, aos cuidados médicos associados aos tão apregoados sub-sistemas de saúde, já para não falar nos cargos de nomeação política, com as ditas nomeações a serem feitas tantas vezes de forma desgarrada e sem qualquer ligação com competências técnicas efectivas?
    E depois este é só mais um estudo, já houve outros, como um que nos colocava na cauda da Europa no que diz respeito ao rácio funcionário público/nº de habitantes, para logo surgir outro estudo a colocar Portugal à frente do pelotão.
    Não tenho nada contra os funcionários públicos, a sério que não tenho, mas tanta vitimização e auto-justificação chateia, sobretudo quando há quem esteja bem pior.
    Para finalizar proponho-te os seguintes exercícios: se trabalhar para o Estado é tão mau porque é que continua a haver tanta e tanta gente a esfolar-se para o conseguir e em segundo quais são, em tremos médios, as perspectivas de um licenciado em História no sector privado por contraposição com as hipóteses que se apresentam para alguns no sector público?

     
  • At quarta-feira, novembro 22, 2006 11:46:00 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    (...)sobretudo quando há quem esteja bem pior(...)
    Pois agora é que tocaste a nota certa!
    O objectivo desta campanha de desinformação para acicatar os ânimos contra os funcionários públicos não serve para melhorar os que estão pior mas sim para piorar os outros.
    Tu que estás na área da formação sabes até melhor de que eu, que um dos últimos estudos da OCDE(?) sobre Recursos Humanos e Formação, coloca Portugal em 19º lugar, em 25, no que diz respeito ao investimento do sector privado em formação. Competitividade, qual competitividade?
    (...)aos cuidados médicos associados aos tão apregoados sub-sistemas de saúde(...)
    Estou a ver que não estas a par das tabelas da ADSE...
    (...)já para não falar nos cargos de nomeação política, com as ditas nomeações a serem feitas tantas vezes de forma desgarrada e sem qualquer ligação com competências técnicas efectivas(...)
    Tens razão, mas em termos globais são ninharias...
    Grave, grave foi a declaração de inocência no caso da "alegada" gestão danosa com o objectivo de favorecer o Grupo Mello no caso do hospital Amadora-Sintra...

     
  • At quarta-feira, novembro 22, 2006 12:19:00 da tarde, Blogger Duda said…

    Eu tenho familiares bem próximos que são funcionários públicos o que me permite ir observando e comparando algumas coisas nomeadamente o que são e foram as tabelas da ADSE. Também tenho familiares próximos a trabalhar no sector privado e sei que mesmo empresas consolidadas e com um historial de respeito pelos seus colaboradores atravessam uma fase complicada de tal forma que foi preciso reduzir salários e complementos por forma a fazer frente aos problemas que vão surgindo sem despedir ninguém.

    Quando dizes que "O objectivo desta campanha de desinformação para acicatar os ânimos contra os funcionários públicos não serve para melhorar os que estão pior mas sim para piorar os outros" esqueces que de facto é bem possível que comece a não haver dinheiro para tudo. A coisa tem de ser vista da seguinte perspectiva: são os que estão pior que pagam o ordenado aos outros, os tais que não querem abdicar de regalias que os que estão pior suportam. Claro, dir-me-ás que depois há gastos superflúos e escandalosos nas esferas mais elevadas do aparelho estatal, mas então meus caros, como bons portugueses aceitem o sacrificio e exijam que os vossos "patrões", emanados da esfera política, se sacrifiquem também.
    A questão das nomeações políticas, ninharia ou não em termos financeiros e não sei se será assim tão ninharia porque cada um desses cargos comporta quase sempre pelo menos um carrito e um telemóvel de serviço, mas adiante, é uma injustiça social grande que nos devia fazer pensar e exigir o seu fim imediato.

    De qualquer forma não respondes às duas questões que coloquei à pouco.

    Um abraço

     
  • At quarta-feira, novembro 22, 2006 12:53:00 da tarde, Blogger Calhostro said…

    noijo, isto é.., dá-me..., põe-me...,
    noijo...,
    pensam que somos uns paruôlos!

     
  • At quarta-feira, novembro 22, 2006 4:03:00 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    se trabalhar para o Estado é tão mau porque é que continua a haver tanta e tanta gente a esfolar-se para o conseguir?
    - Fácil! Aqui se vê o nível de segurança do emprego no sector privado. O Estado paga menos mas pelo menos paga sempre...
    quais são, em tremos médios, as perspectivas de um licenciado em História no sector privado por contraposição com as hipóteses que se apresentam para alguns no sector público?
    - Cá nem por isso. Existem casos pontuais de núcleos de investigação na área das ciências humanas (história) patrocinados por fundos privados. Não há museus/arquivos históricos privados. Cá não dá lucro, porque o poder de compra para a cultura é baixo e massa crítica com preços reias é escassa. Logo há um sem número de lugares que não existem.
    Já em relação à Arqueologia o caso é um pouco diferente. Como os estudos de impacto ambiental são obrigatórios e o consequente estudo arqueológico, há um mercado para absorver licenciados em história/arquelogia, mas o universo reduz-se a uma meia dúzia de empresas, pouco mais...
    Abraços

     
  • At quarta-feira, novembro 22, 2006 4:09:00 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Sejamos sinceros! A questão de fundo é esta:
    A máquina fiscal do estado é ineficaz para cobrar convientemente aos devedores de peso, logo, como não consegue criar riqueza, corta nas despesas e nada mais fácil do que espalhar por aí que os funcionários públicos são priveligiados e etc...
    Responde-me tu agora:
    Porque é que os níveis de produtividade no sector privado são dos mais baixos da Europa dos 25?

     
  • At quinta-feira, novembro 23, 2006 1:48:00 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    ...convenientemente...

     
  • At quinta-feira, novembro 23, 2006 11:38:00 da manhã, Blogger Duda said…

    Desculpa o interregno.

    "Porque é que os níveis de produtividade no sector privado são dos mais baixos da Europa dos 25?" Epá, o problema deste país sempre foi sobretudo a má gestão e os maus gestores, mas porquê colocar a tónica na produtividade ou falta dela do sector privado? Por aí não podemos seguramente ir uma vez que nos faltam indicadores seguros a respeito da produtividade do sector público e as empresas públicas que por aqui haviam a gente sabe o êxito que tiveram.
    "A máquina fiscal do estado é ineficaz para cobrar convientemente aos devedores de peso, logo, como não consegue criar riqueza (...)" Tu chamas cobrar impostos criar riqueza? A mim cada vez mais me parece que a excessiva carga fiscal é sobretudo um gigantesco e inultrapassável obstáculo ao empreendedorismo e à criação de riqueza. Somos campeões em tudo quanto é imposto, sobre a habitação, automóvel, IVA, IRC, IRS, etc, etc, de tal forma que em geral em Portugal é tudo mais caro que nos restantes países da Europa e muito pouco apelativo para quem se queira lançar à aventura por conta própria. A fuga ao fisco, em certas circunstâncias, parece-me quase uma manifestação de revolta contra a imoralidade reinante. Exemplos: apartamento T2 em Rio de Mouro, cerca de 100m2, Sisa correspondente em 2002 €5000; taxa de conservação de esgotos anual, €120 (€10/mês com os cumprimentos dos SMAS Sintra), IMI findo o período de isenção de 10 anos aproximadamente €800/ano (valores actuais), etc, etc, e tudo isto para quê, para financiar o quê ou quem?

    "...convenientemente..." ???

     
  • At quinta-feira, novembro 23, 2006 12:25:00 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    "...convenientemente..."
    Estava mal escrito no outro comentário...
    :)

     
  • At quinta-feira, novembro 23, 2006 12:31:00 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    A fuga ao fisco, em certas circunstâncias, parece-me quase uma manifestação de revolta contra a imoralidade reinante.
    Gera-se um circulo vicioso de fuga por alegada injustiça!
    Não há volta a dar! Mesmo!
    Portugal tem o Governo que merece!
    Relembro só um velho chavão, mas muito acertado:
    "Se pagarmos todos, pagamos todos menos"

     
  • At quinta-feira, novembro 23, 2006 12:39:00 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Em relação à taxa de conservação de esgotos, informo-te que os SMAS de Sintra, fazem um cálculo tendo em conta os teus consumos anuais de água (que tem que saír por algum lado ;) ) com base no valor patrimonial atribuído nas finanças ao imóvel.
    Queixa-te às Finanças!
    E já agora, muda-te de Rio de Mouro que isso está a fazer-te mal! ;)
    Aquele abraço!

     
  • At quinta-feira, novembro 23, 2006 1:18:00 da tarde, Blogger Duda said…

    Rebato com um outro chavão "a livre concorrência beneficia o consumidor". Ou seja são chavões válidos em praticamente todo o lado com excepção de Portugal. Se todos pagassemos e eu até sou dos que vão pagando, mesmo assim não chegaria porque a gula é enorme e o estomâgo elástico, quanto mais comida lá pões mais cabe. É lamentável mas é também histórico, o poder político (monárquico, republicano, fascista, democrático) deste país sempre geriu muito mal os dinheiros, ora esbanjando o ouro e as riquezas dos descobrimentos, ora aforrando à custa da fomeca alheia para depois torrar tudo em guerras desnecessárias, ora esbanjando novamente em tempos de vacas gordas comunitárias.
    A questão da moralização, da transparência, da gestão equilibrada e da equidade entre as pessoas é fundamental para criar uma confiança que claramente não existe. Eu lamento grande parte dos euros que pago em impostos porque se quero um médico não tenho, se quero uma estrada em condições não tenho, se quero uma escola em condições para a minha filha não tenho, se quero infraestruturas e espaços verdes não tenho, se quero direitos não tenho, se quero justiça não tenho, a menos claro que possa comprar essas coisas todas a título particular. Resumindo, se o Estado está tão ausente da vida dos comuns dos portugueses no que toca à prestação de serviços que são sua obrigação e para os quais possui um corpo de funcionários é natural que esses portugueses comuns se interroguem a respeito da eficiência dessa estrutura e da justeza do rácio custo/benefício.

    Dou-te um exemplo escabroso: o SEF é um oásis com rapaziada licenciada a ganhar balúrdios, de tal forma que os sindicalistas da PSP que conheço dizem sempre que o SEF representa a evolução que eles gostariam para a PSP, gente com formação superior a ganhar bem. Pergunto, qual é a eficiência do SEF, qual é a "produtividade" deste serviço? Um qualquer relatório (vamos relativizá-lo, é só mais um relatório) afirma que o SEF é uma das polícias de fronteiras mais caras de toda a Europa e, pasme-se uma das mais ineficazes (facto comprovável empiricamente bastando para tal observar a quantidade de imigrantes ilegais que circulam pelas ruas dos grandes centros urbanos e não só)sendo que um relatório (mais outro) feito pelo actual ministro da defesa para o MAI propunha a extinção deste serviço.

    Repara, é natural que o tipo que não é funcionário público se questione e se mostre pouco solidário com o funcionalismo público sobretudo e verdade seja dita, porque o funcionalismo público sempre se demarcou de toda a gente, sempre se esforçou por criar um espaço próprio, muito distante do comum dos mortais, os mesmos que sempre subsidiaram essa mesma demarcação.

    Voltando à ADSE e demais sub-sistemas, são tudo coisas que nunca deviam ter sequer existido porque são a aceitação por parte do próprio Estado que o serviço de saúde que proporciona aos seus cidadãos não é suficientemente bom para os seus funcionários. Então como é? "Ah e tal, o fim da ADSE não vai proporcionar melhores condições aos restantes", verdade, pelos menos aparentemente, uma vez que eu não acredito que seja a ninharia que cada funcionário público desconta mensalmente o exclusivo financiador dos subsistemas e não havendo nivelamento para cima - parece que não há dinheiro suficiente para que toda a gente possa ter por exemplo comparticipação nuns óculos ou numa consulta de estomatologia - pelo menos que haja aproximação entre todos para que todos paguem uma factura semelhante pelas mesmas coisas. O mesmo relativamente às reformas e os fundos de pensões, o caminho tem de ser para a convergência seja ela qual for, não pode nunca ser numa perspectiva corporativista, centrada em grupos e em elites, com as facturas a serem pagas pelos do costume.

     
  • At quinta-feira, novembro 23, 2006 1:23:00 da tarde, Blogger Duda said…

    Falando nos SMAS de Sintra e para mostrar que não há aqui hard feelings aproveito para mandar um abraço ao Engº Batista Alves que respondeu celeremente a uma carta que lhe mandei há tempos por causa do baixo fluxo de água na torneira em horas de ponta no que toca a consumos. Incrivelmente o homem mandou uma equipa lá à rua e agora a água corre sempre com força nas torneiras a qualquer hora.

    E já agora um abraço para ti também, amigo funcionário público!

     
  • At quinta-feira, novembro 23, 2006 2:47:00 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Não sou funcionário público. Sou funcionário de uma empresa/orgão do município que presta um serviço público que funciona melhor muitas empresas privadas...
    O nosso objectivo não é o lucro nem o pode ser legalmente. As nossas mais valias são objecto de reinvestimento em novas infraestrutras e remodelação das existentes.
    Talvez por isso é que eu defendo os Serviços Públicos em geral, por estar numa das referências do sector em Portugal.
    Não queiram fazer crer as pessoas que o tipico funcionário do Estado é a Dª Ircília, da 5ª Repartição de Finanças.
    Já agora, aproveito para te corrigir num pequeno ponto: não confundas governos com o Estado. O Estado somos nós todos, não estás fora! Se queres protestar da forma como os sucessivos governos gerem a coisa pública, não é fugindo aos impostos que lá vais.
    Vota, associa-te, faz lobbing, protesta nas ruas!
    Mas se não pagas impostos, foge-te a razão para protestar...
    Ou não é?

     
  • At quinta-feira, novembro 23, 2006 3:02:00 da tarde, Blogger Duda said…

    Eu não defendi a fuga aos impostos e também não fujo porque mesmo que quisesse não podia. Como paguei, pago e provavelmente continuarei a pagar ainda tenho legitimidade.

    "Não sou funcionário público. Sou funcionário de uma empresa/orgão do município que presta um serviço público(...)" Parece-me uma mera questão de semântica. Tens ADSE não tens? Portanto és funcionário público (definição dada por uma funcionária do BPI a respeito de uma definição de perfil de cliente).

    "(...)nosso objectivo não é o lucro nem o pode ser legalmente. As nossas mais valias são objecto de reinvestimento em novas infraestrutras e remodelação das existentes.
    Talvez por isso é que eu defendo os Serviços Públicos em geral, por estar numa das referências do sector em Portugal." Tudo bem, de qualquer modo penso que neste momento eu e os outros todos que vivem na vossa área de actuação pagam uma das águas mais caras de todo o país.

     
  • At sexta-feira, novembro 24, 2006 2:17:00 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Queres saber porquê?
    Sabes a quanto é que a EPAL nos vende o m3 de água? A 0,43€. Sabes qual é o preço para os consumidores de Lisboa? Espanta-te com estes belos 0,19€ o m3...
    Lá vem outra vez a ADSE... Mas porque é que não exigem que o SNS sejam semelhante?? Os meus impostos também o co-financiam...

     
  • At sexta-feira, novembro 24, 2006 12:48:00 da tarde, Blogger Duda said…

    Pronto, em relação à água fico esclarecido, de qualquer forma a taxa de conservação de esgotos é um abuso tremendo, afinal de contas os resíduos lá de casa são uns organicuzitos inofensivos, não são resíduos nucleares a precisarem de tratamento despendioso.

    "Lá vem outra vez a ADSE... Mas porque é que não exigem que o SNS sejam semelhante?? Os meus impostos também o co-financiam..." A grande diferença é que tu não precisas de usar o SNS porque tens uma alternativa. Será realista pensar sequer pensar num SNS nos moldes da ADSE? É um cenário quase utópico, parece-me. Não tenho qualquer dúvida que jamais em tempo algum chegaríamos aí, até porque a ADSE comparticipa e bem o recurso à medicina privada e essa é a grande diferença e a grande contradição.

     
  • At sexta-feira, novembro 24, 2006 3:25:00 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    É um cenário quase utópico, parece-me
    Porquê?
    Sabes quantos hospitais privados há na Suécia?
    0

     
  • At sexta-feira, novembro 24, 2006 4:39:00 da tarde, Blogger M said…

    Tantas letras para ler que já me doem os olhos.
    Toda esta conversa só me aumenta a minha imensa vontade de emigrar e nunca mais voltar!
    Contudo, apesar do blog ser público, se todos nós que somos cidadãos responsáveis, se reclamassemos e fizessemos propostas viáveis para as coisas funcionarem melhor, talvez eu não me sentisse tantas vezes impotente contra a máquina sorvedora de dinheito e pessimamente orçamentada que é o Estado Português, manobrada por sucessivos governos de lambões egoístas, que uma vez no poder só se interessam em fazer valer os seus interesses.

     

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