sexta-feira, julho 30, 2010
quarta-feira, julho 28, 2010
quarta-feira, julho 21, 2010
Isto podia ser
Uma espécie de versão pimba do Bufallo Bill do Silêncio dos Inocentes a cantar o Goodbye Horses... E também podia ter piada se não fosse trágico.
Zé da Lela
quinta-feira, julho 08, 2010
Time flies McFly
Lembram-se? Foi na passada Terça-Feira que o Marty McFly chegou ao futuro no seu Delorean...
Zé da Lela
quarta-feira, junho 30, 2010
segunda-feira, junho 21, 2010
Pragmatismo e ingenuidade
Zé da Lela
sexta-feira, junho 18, 2010
quarta-feira, junho 09, 2010
terça-feira, junho 08, 2010
sexta-feira, maio 21, 2010
Bang, bang
Surge agora um estudo que nos quer fazer querer que Portugal é uma espécie de farwest, uma Tchetchénia encravada na Península Ibérica, um território de gente armada até aos dentes. E avança números: em Portugal há, segundo os autores, 2.5 milhões de armas (supõe-se que de fogo), das quais 50% são/estão ilegais. Em cinco anos terão morrido perto de 700 pessoas vítimas de armas, supõe-se uma vez mais que de fogo. Parece ainda que estas armas terão custado ao orçamento público 108 milhões de euro ano em prejuízos, avaliados por baixo. Portanto, conclusão de fundo, as armas são por natureza objectos malévolos e devíamos acabar com elas, impedindo o acesso de civis às mesmas, deixando estes instrumentos demoníacos nas mãos das polícias e dos exércitos. E pronto, assim teríamos uma sociedade muito mais tranquila e em 5 anos tínhamos por cá mais 700 almas entre nós ao invés de junto do criador.
Agora a sério. É impossível saber quantas armas ilegais existem em Portugal ou em qualquer outro lugar do mundo, precisamente porque a sua ilegalidade as torna incontabilizáveis. O número de mortes causadas por armas é lamentável mas carece igualmente de clarificação: estamos a falar de homícidos, suícidios, acidentes ou de todas essas coisas somadas? Será o número estatisticamente sustentado e significativo? Que prejuízos são esses causados à finança pública pelas armas? Não estou a ver, mas consigo ver a significativa receita que as mesmas produzem através de taxas, impostos, licenças, seguros, tudo pago a muito bom preço (sobretudo com os substanciais aumentos implementados em 2006 pelo governo socialista). Existe uma relação directa entre as armas e a criminalidade e a violência? Claro que não, caso contrário a Suiça - provavelmente um dos países mais armados do mundo, com os cidadãos a serem armados e municiados gratuitamente pelo Estado - seria uma espécie de Libéria da Europa e toda gente sabe que não é. Não só não é como é um dos países com uma das menores taxas de homicidio de todo o mundo. Banir ou restringir a posse legal de armas é uma medida benéfica? Sim, claro, se o objectivo for expandir o mercado negro e transformar pessoas comuns em criminosos.
Quem sabe a dificuldade que é conseguir praticar em Portugal uma modalidade que curiosamente já medalhou mais o país do que qualquer outra, entende aquilo de que estou a falar. Quem não entende a razão pela qual o actual governo estreitou ainda mais um já de si restritivo quadro legal associado à posse de armas ao mesmo tempo que o abriu inexplicávelmente à classe política, entende aquilo de que estou a falar. Quem não percebe porque é que também nisto não somos europeus de pleno direito, entende aquilo de que estou a falar.
Não são as armas que matam, são as pessoas que as empunham. Educar e dar dignidade às pessoas, torná-las cidadãos livres e responsáveis é uma receita complexa, não compaginável com discursos alarmistas e bacocos. Porque Portugal não é isto...
Zé da Lela