Deixa-me adivinhar: má qualidade do som, lentidão na acção, situações inverosímeis. São assim as que me lembro agora, excluíndo claro a cinematografia do Manuel de Oliveira que me dispenso a mim próprio de ver. Nesse contexto parece-me que um tique recorrente de monta é a utilização desse "grande actor" fetiche - que só por acaso é neto do realizador - Ricardo Trêpa.
Para mim, os tiques característicos do cinema português são perder demasiado tempo com cenas que não merecem, e pouco tempo com outras que mereceriam maior desenvolvimento. Neste caso concreto: - A cena do protagonista no quarto a lembrar o namorado, apesar do efeito artístico, não necessitava de durar toda a canção (já no 'Capacete Dourado' fiquei com a sensação de que o desejo íntimo do realizador era fazer o videoclip do 'Ocean Rain'), os primeiros segundos deram para perceber a angústia. - Já a parte da alegria de viver que o sobrinho supostamente transmitiu ao tio, penso que poderia ter sido mais trabalhada.
quanto ao som ainda vé, agora os outro stiques enumerados parecem-me bem desactualizados... Quando se diz que 'se dispensa de ver' algo se comenta é natural que isto aconteça!!!! aj
Para falar do Ricardo Trêpa basta ver os trailers, ler umas entrevistas e assistir aos performances do dito em contextos diversos para perceber que se o moço não fosse neto da "Lenda Viva" teria concerteza outro ofício. Não é preciso ver os filmes do avô para saber da utilização sistemática do talentoso neto. E foi isto que eu "comentei" a respeito da obra, que assumidamente não consumo, do Manuel de Oliveira. A tal desactualização do "comentário" não foi fortuita, foi condição necessária para fazer uma piadita sem pretensões de qualquer espécie, baseada na imagem estereotipada de um certo cinema português que feliz e obviamente começa a dar lugar a outro, mais arejado. Poupe portanto as suas preocupações porque foi apenas e tão só isto.
8 Comments:
At segunda-feira, março 17, 2008 8:24:00 da tarde, Asulado said…
Tive a oportunidade de ver este filme no início do ano e, apesar de alguns tiques característicos do cinema português, penso que está muito bem feito.
At terça-feira, março 18, 2008 11:47:00 da manhã, Anónimo said…
Quais são os tiques característicos do cinema português?
At terça-feira, março 18, 2008 12:48:00 da tarde, Anónimo said…
Deixa-me adivinhar: má qualidade do som, lentidão na acção, situações inverosímeis. São assim as que me lembro agora, excluíndo claro a cinematografia do Manuel de Oliveira que me dispenso a mim próprio de ver. Nesse contexto parece-me que um tique recorrente de monta é a utilização desse "grande actor" fetiche - que só por acaso é neto do realizador - Ricardo Trêpa.
At terça-feira, março 18, 2008 6:59:00 da tarde, Asulado said…
Para mim, os tiques característicos do cinema português são perder demasiado tempo com cenas que não merecem, e pouco tempo com outras que mereceriam maior desenvolvimento.
Neste caso concreto:
- A cena do protagonista no quarto a lembrar o namorado, apesar do efeito artístico, não necessitava de durar toda a canção (já no 'Capacete Dourado' fiquei com a sensação de que o desejo íntimo do realizador era fazer o videoclip do 'Ocean Rain'), os primeiros segundos deram para perceber a angústia.
- Já a parte da alegria de viver que o sobrinho supostamente transmitiu ao tio, penso que poderia ter sido mais trabalhada.
At quinta-feira, março 27, 2008 2:30:00 da tarde, Anónimo said…
quanto ao som ainda vé, agora os outro stiques enumerados parecem-me bem desactualizados...
Quando se diz que 'se dispensa de ver' algo se comenta é natural que isto aconteça!!!!
aj
At quinta-feira, março 27, 2008 2:32:00 da tarde, Anónimo said…
e ninguém fala no talento dos actores???
bolas...Boa Pipinho....lol..
aj
At sexta-feira, março 28, 2008 10:32:00 da manhã, Anónimo said…
Para falar do Ricardo Trêpa basta ver os trailers, ler umas entrevistas e assistir aos performances do dito em contextos diversos para perceber que se o moço não fosse neto da "Lenda Viva" teria concerteza outro ofício. Não é preciso ver os filmes do avô para saber da utilização sistemática do talentoso neto. E foi isto que eu "comentei" a respeito da obra, que assumidamente não consumo, do Manuel de Oliveira.
A tal desactualização do "comentário" não foi fortuita, foi condição necessária para fazer uma piadita sem pretensões de qualquer espécie, baseada na imagem estereotipada de um certo cinema português que feliz e obviamente começa a dar lugar a outro, mais arejado. Poupe portanto as suas preocupações porque foi apenas e tão só isto.
At sexta-feira, março 28, 2008 12:17:00 da tarde, Anónimo said…
....podemos entrar todos em poupança será isso?
realmente está muito em moda no nosso país!!!!
...até nos temas humoristicos...
aj
Enviar um comentário
<< Home