Um triângulo de bermudas

O Bruno Santos da Baixa Autoridade resume neste pequeno texto, o qual tomo a liberdade de transcrever, a teia dos interesses na Direita Conservadora que se reclama Popular e impoluta:

A porta aberta

O JN dá hoje notícia de uma decisão judicial que anula um concurso para aquisição de material militar lançado pelo saudoso ex ministro da defesa, Paulo Portas (deus o tenha).

Diz a decisão, mais ou menos, que o dito concurso enfermava de insanáveis vícios, designadamente o da parcialidade, pois que parecia desenhado por encomenda para uma determinada empresa concorrente, prejudicando dessa forma as outras cujas características se não adaptavam ao espartilho cirúrgico do caderno de encargos.
Este é, receio, um grão de areia. Paulo Portas, enquanto titular da pasta da Defesa, negociada de dentes e punhos cerrados com o PSD na altura de formação do fatídico governo do desertor Barroso (deus o tenha), assim como a pasta da Justiça, se bem se lembram, tem muito mais a contar.

Hoje, dia de festa para a República, é boa ocasião para sugerir uma profunda investigação sobre o que andou o sr. Portas a fazer durante o negro período em que foi ministro, acompanhado na pasta da Justiça pela inenarrável Celeste (deus a tenha.) Nomeadamente, seria interessante indagar sobre o triângulo dourado Universidade Moderna (Defesa e Justiça), Casa Pia (Justiça) e Guerra ao Iraque (Defesa), três momentos deploráveis da vida nacional aos quais o ex guerrilheiro do Independente (deus o tenha) está ligado directa ou indirectamente.

Não afirmarei neste texto a convicção que Portas é um criminoso da mais baixa espécie e que o seu lugar é na cadeia.

pedro a.