Os operacionais do Carapau e do Tremoço
O quotidiano da violência separatista levada a cabo pela ETA em Espanha já nos habituou às imagens televisivas dos polícias encapuçados enquanto participam nas acções de repressão à dita organização. Fazem-no porque para além de temerem pela sua segurança pessoal se mostrarem a cara – estão sempre sujeitos ao balázio à bocajarro en la nuca, por las espaldas ou à bomba-lapa montada no coche – a coisa empresta um acto intimidatório ao cenário e demonstra que a polícia entra em campo para jogar, senão pelas mesmas regras, pelo menos com o mesmo equipamento do adversário.
Por cá, país de, por comparação, mornos costumes, ocasionalmente lá vemos nas rusgas aos bairros problema um ou outro polícia optar pelo uso do cinematográfico garruço. Curiosamente, os tipos da PJ, que lidam com a alta criminalidade, aparecem sempre de cara ao léu e mão no bolso, esforçando-se por passar despercebidos, o que verdade seja dita, quase nunca conseguem (sobretudo quando vão de braço dado com o Valentim Loureiro).
Pois bem, neste cenário nacional edílico a paz afinal está podre ou melhor fora de prazo e imprópria para consumo. Neste contexto entrou em campo uma nova estirpe de operacionais: os inspectores da ASAE. Confrontados com perigosos meliantes, indivíduos sem escrúpulos que ganham a vida a vender queijinhos de Nisa não embalados, carapaus do dia em caixotes de madeira, tremoços expostos ao ar livre, sandes de courato grelhado em assadores improvisados a partir de meio bidão e DVD’s de filmes que ainda não saíram no cinema (mas que o Petit já tem na mala quando vai para os estágios da Selecção), estes homens e mulheres não têm outra opção que não seja utilizar as mesmas metodologias dos seus colegas espanhóis para o combate à ETA. E assim lá aparecem encapuçados, de shotgun em punho, prontos a defender os cidadãos contra o crime alimentar e económico organizado, mostrando o músculo e mostrando que um Estado de direito democrático não se compadece com esta gentalha.
Por cá, país de, por comparação, mornos costumes, ocasionalmente lá vemos nas rusgas aos bairros problema um ou outro polícia optar pelo uso do cinematográfico garruço. Curiosamente, os tipos da PJ, que lidam com a alta criminalidade, aparecem sempre de cara ao léu e mão no bolso, esforçando-se por passar despercebidos, o que verdade seja dita, quase nunca conseguem (sobretudo quando vão de braço dado com o Valentim Loureiro).
Pois bem, neste cenário nacional edílico a paz afinal está podre ou melhor fora de prazo e imprópria para consumo. Neste contexto entrou em campo uma nova estirpe de operacionais: os inspectores da ASAE. Confrontados com perigosos meliantes, indivíduos sem escrúpulos que ganham a vida a vender queijinhos de Nisa não embalados, carapaus do dia em caixotes de madeira, tremoços expostos ao ar livre, sandes de courato grelhado em assadores improvisados a partir de meio bidão e DVD’s de filmes que ainda não saíram no cinema (mas que o Petit já tem na mala quando vai para os estágios da Selecção), estes homens e mulheres não têm outra opção que não seja utilizar as mesmas metodologias dos seus colegas espanhóis para o combate à ETA. E assim lá aparecem encapuçados, de shotgun em punho, prontos a defender os cidadãos contra o crime alimentar e económico organizado, mostrando o músculo e mostrando que um Estado de direito democrático não se compadece com esta gentalha.
É assim mesmo!
Zé da Lela
Zé da Lela
1 Comments:
At quinta-feira, março 15, 2007 5:41:00 da tarde, Anónimo said…
Mais uma vez a desproporção dos meios...
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